Menino de Barro

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Menino de barro é o 5º álbum solo do cantor e compositor mineiro Renato Motha. O CD abriu a lista dos 10 melhores do ano de 2014 do G1 Música. Além dos 5 discos solo, mais outros 7 e 2 DVDs foram lançados pelo artista em duo com sua parceira Patricia Lobato, sendo Menino de barro, o segundo CD pelo selo Serrassônica.
O álbum traz um repertório autoral e inédito, com onze canções escritas pelo compositor, inspiradas na atmosfera campestre de Casa Branca (vilarejo situado nos arredores de Belo Horizonte - MG), aonde atualmente mora, e na poética de Guimarães Rosa, Manoel de Barros e Carlos Drummond de Andrade.
O disco conta com as participações de Patricia Lobato (voz e ganzá) e Edson Fernando (vibrafone e percussão).
Privilegiando a performance ao vivo, Renato gravou voz e violão simultaneamente, também tocou vibrafone, além de criar ambiências e montagens com sons da natureza, cordas e sopros.
Os sons das águas, do vento nas árvores, dos pássaros, perpassam todo o disco, trazendo uma sonoridade que nos remete à música das florestas.Menino de barro foi gravado, mixado e masterizado no estúdio Serrassônica em Belo Horizonte, produzido e arranjado por Motha.
O projeto gráfico e as pinturas da capa e encarte do álbum, levam a assinatura de Leonora Weissmann, com fotografia de Heloísa Oliveira.Constando em listas dos 10 melhores álbuns de música brasileira lançados em 2014 no Brasil e Japão, o disco físico foi lançado no Brasil pelo selo Serrassônica e no Japão pelo selo NRT, sendo digitalmente distribuído também para os mercados do Brasil e exterior.


CD Menino de barro - Renato Motha - 2014 (Independente Brasil e NRT Japão)
1) O amor é assim - Renato Motha
2) No rabo do vento - Renato Mota
3) Zé feliz - Renato Motha
4) Encantado João - Renato Motha
5) Paisagem - Renato Motha
6) No tempo de Ana - Renato Motha
7) Cravinho branco - Renato Motha
8) Manacá - Renato Motha
9) Andarilho - Renato Motha
10) Miudinho - Renato Motha
11) Menino de barro - Renato Motha


Entrevista com Renato Motha para o Jornal Estado de Minas, sobre o disco 'Menino de barro':
No novo CD, Renato Motha tem a parceria da mulher Patrícia Lobato em quatro músicas
Entre cada uma das faixas de 'Menino de barro', novo disco do cantor e compositor Renato Motha, ouve-se sons de água correndo e pássaros, como se fosse uma caminhada pela mata. A inspiração veio de Casa Branca, bucólico distrito de Brumadinho onde mora, vizinho a BH. O trabalho de sonoridade delicada conta com violão, vibrafone e percussão em 11 canções autorais. A mulher, a cantora Patrícia Lobato, sua parceira em outros álbuns, participa de quatro faixas.
"Esse é um disco de canção brasileira, sobretudo em sua poética, com elementos característicos da música mineira. Desde 2009, quando me mudei para o campo, passei a valorizar mais o silêncio, o vazio, o simples, o lúdico. Junto disso, tem o trabalho que faço com mantras indianos, paralelamente ao da música brasileira, que também traz esses valores para a minha compreensão atual da música. Daí o disco ter esse tom intimista, esse toque minimalista, com aquele menos que, hoje, para mim significa mais", diz ele.
O artista considera o novo disco "irmão mais novo" de 'Rosas para João', trabalho que lançou em 2008 com a mulher, em homenagem ao centenário de Guimarães Rosa. "Esse álbum mais antigo me marcou profundamente e acho que o contato com a obra de Rosa fez despertar algo singular em meu trabalho, capaz mesmo de suscitar esse novo rebento", afirma. Não por acaso, está lá uma canção chamada 'Encantado João'.
As músicas dessa última leva começaram a ser escritas de cinco anos para cá. Inspiraram Motha não apenas versos de Rosa, mas também Carlos Drumond de Andrade e Manoel de Barros. "As letras, feitas de poesia, falam sobre a infância, o romance, a nossa relação com a vida natural e os planos mais sutis. De maneira geral, é um disco sobre uma forma mais humanizada e harmoniosa de estar no mundo", conta.
Pássaros Já a sonoridade, totalmente acústica, privilegiou o registro mais espontâneo e as referências à natureza, conta: "Gravei simultaneamente voz e violão, para que as músicas soassem naturais, tipo cara lavada, sem aquela maquiagem costumeira das gravações de estúdio. Para compor a ambientação, gravamos os sons das águas, dos pássaros, do vento soprando as folhas, trazendo uma sonoridade que nos remete à música das florestas".
As montagens com sons da mata foram feitas pelo próprio artista, que utilizou material gravado em Casa Branca. Em algumas músicas, ele tocou, além de violão, vibrafone, instrumento que ficou sob responsabilidade do percussionista Edson Fernando na maioria das faixas. Patrícia Lobato canta em 'No rabo do vento', 'Encantado João', 'No tempo de Ana' e 'Miudinho', além de tocar ganzá. "Ela tem muito talento e está sempre me inspirando e motivando a produzir mais, além de ser minha musa em várias canções", elogia.

"No quinto álbum solo (tem outros sete em parceria com Patricia Lobato), inspirado na poética de Guimarães Rosa e Manoel de Barros, o compositor mineiro aprofunda o aspecto telúrico de sua música. Praticamente todas as faixas começam com sons de águas e de pássaros. A natureza e o homem da terra são também os temas da maioria, como em No rabo do vento, Paisagem, Andarilho. Feito com voz, violão, vibrafone, percussão e a voz de Patricia em quatro canções, é um trabalho que exala energia positiva. Sintetizando, é um disco para pessoas que gostam de música contemplativa, zen, quase religioso no sentido amplo do termo. Renato Motha observa e filosofa.Zero Hora / Segundo Caderno / Sábado, 14 de Março de 2015.
Juarez Fonseca
Discos que se destacaram na paisagem sonora de 2014 - Um disco muito inspirado e inspirador
"Menino de barro", CD que me sequestrou no fim de 2014 com sua "bossa zen-mineira".
"O amor é assim", faixa que abre "Menino de barro" (Serrassônica), já justifica sair atrás do novo disco de Renato Motha. É uma balada romântica e arrastada, sonolenta até o limite, introduzida por sons das águas de um riacho em movimento e de pássaros, que aos poucos dão lugar a voz e violão minimalistas e que ganham cama e lençóis de cordas e suaves sopros para uma saída (ou coda, no linguajar musical) tão discreta e onírica quanto sua abertura.
Bossa nova zen e mineira, influenciada por vilarejo nos arredores de Belo Horizonte onde o cantor, compositor, violonista (e vibrafonista, manipulador de sons gravados da natureza e cordas e sopros digitais) gravou essa e as dez canções seguintes de seu quinto álbum solo. Como conta em texto no encarte, além do meio ambiente, "Menino de barro" é inspirado "na poética de Guimarães Rosa, Manoel de Barros e Carlos Drummond de Andrade".
Assim descrito pode parecer previsível, como os sons do riacho que continuam na segunda faixa, a algo previsível "No rabo do vento", quase didática em sua síntese desse mundo de conto de fadas, visto através das lentes cor de rosa de um "menino solto rabeando o vento/alegre feito ramo de alecrim/um pouco louco de encantamento". Mas Motha - com Patricia Lobato (percussão e voz em quatro faixas, que também é sua parceira em sete discos em dupla, sendo três de mantras indianos, o que explica muito do que se ouve nesse CD) e Edson Fernando (percussão e vibrafone) - consegue muitos outros momentos de epifania.
Três faixas adiante, "Paisagem" é mais um deles, pintura em movimento como se através dos olhos de uma borboleta: "tudo me saltou aos olhos/além das paragens/uma estrada limpa e nua/de um azul que tudo continua". Ou ainda a autoexplicativa "Zé feliz"; o mântrico canto a Guimarães Rosa "Encantado João", com fecho instrumental impressionista e viajante, fazendo que "Chapadão" ganhe significado além do geográfico; a delicada "Cravinho branco"; a mística que encanta até ateus, "Miudinho". Exemplos de um disco contemplativo, para horas quietas e profundas, tão necessárias. Chegou aos meus ouvidos nesta penúltima semana de 2014, e abre a lista de melhores do ano.
Antônio Carlos Miguel (crítico musical e jornalista) - G1 Música
"Quanto mais eu vou / nesta estrada eu sou / o que sempre quis" - esses versos da música Zé feliz, a terceira canção do CD, traduzem o espírito de Menino de barro; retrato autêntico de Renato Motha em fase madura, expressando-se por inteiro, com simplicidade, delicadeza e sobretudo poesia.
Menino de barro, um álbum para se contemplar, conviver e revisitar. "